Hermes, o Deus da Velocidade da Mitologia Grega

25/06/2020
     Hermes é o Deus da velocidade e da comunicação na Mitologia Grega e é popularmente conhecido por ser o mensageiro dos Deuses. Este Deus é Filho de Júpiter (Zeus) e tem um papel fundamental, confira.

Hermes na Mitologia Grega:

    O Deus Hermes era, na Mitologia Grega, um dos deuses olímpicos, filho de Zeus e de Maia, e possuidor de vários atributos. Divindade muito antiga, já era cultuado na história pré-Grécia antiga possivelmente como um deus da fertilidade, dos rebanhos, da magia, da divinação, das estradas e viagens, entre outros atributos. 

     Ao longo dos séculos seu mito foi extensamente ampliado, tornando-se o mensageiro dos deuses e patrono da ginástica, dos ladrões, dos diplomatas, dos comerciantes, da astronomia, da eloquência e de algumas formas de iniciação, além de ser o guia das almas dos mortos para o reino de Hades, apenas para citar-se algumas de suas funções mais conhecidas. Com o domínio da Grécia por Roma, Hermes foi assimilado ao deus Mercúrio, e através da influência egípcia, sofreu um sincretismo também com Tot, surgindo o personagem de Hermes Trismegisto. 

     Ambas as assimilações tiveram grande importância, criando rica tradição e perpetuando sua imagem através dos séculos até a contemporaneidade, exercendo significativa influência sobre a cultura do ocidente e de certas áreas orientais em torno do Mediterrâneo, chegando até à Pérsia e à Arábia. Wikipédia

Com asas nos pés, voas pelo espaço, cantando toda a Música, em todas as línguas... Nós te honramos, Hermes, ajuda-nos em nosso trabalho! Dá-nos um falar eloquente, e um vigor jovial. Supre nossas necessidades, concede-nos clara memória. Dá-nos a boa sorte, e encerra nossas vidas em paz.

Primeiras aparições de Hermes:

     As primeiras descrições literárias sobre Hermes datam do período arcaico da Grécia, e o mostram nascendo na Arcádia. Já no primeiro dia de vida realizou várias proezas e exibiu vários poderes: furtou cinquenta vacas de seu irmão Apolo, inventou o fogo, os sacrifícios, sandálias mágicas e a lira. No dia seguinte, perdoado pelo furto das vacas, foi investido de poderes adicionais por Apolo e por seu pai Zeus, e por sua vez concedeu a Apolo a arte de uma nova música, sendo admitido no Olimpo como um dos grandes deuses. 

     Mais tarde inúmeros outros escritores ampliaram e ornamentaram sua história original, tornando-o até um demiurgo, e surgiram múltiplas versões dela, não raro divergentes em vários detalhes, preservando-se porém suas linhas mais características. 

     Foi um dos deuses mais populares da Antiguidade clássica, teve muitos amores e gerou prole numerosa. Com o advento do Cristianismo, chegou a ser comparado a Cristo em sua função de intérprete da vontade do Logos. As figuras de Hermes e de seu principal distintivo, o caduceu, ainda hoje são conhecidas e usadas por seu valor simbólico, e vários autores o consideram a imagem tutelar da cultura ocidental contemporânea.

Mito:

     As origens do mito de Hermes são incertas, e as opiniões variam entre considerá-lo um deus autóctone, cultuado desde o Neolítico, ou como uma importação asiática, talvez através de Chipre ou da Cilícia bem antes do início dos registros escritos na Grécia. 

     O que parece certo é que seu culto estava estabelecido na Grécia desde uma época bastante remota, provavelmente fazendo dele um deus da natureza, dos agricultores e dos pastores. É possível também que tenha sido desde o início uma divindade com atributos xamânicos, ligados à divinação, à expiação, à magia, aos sacrifícios, à iniciação e ao contato com outros planos de existência, num papel de mediador entre os mundos visível e invisível. Seja como for, tornou-se um dos deuses mais presentes em toda a mitologia grega, e dificilmente algum dos mitos principais não conta com a sua participação, assumindo uma grande quantidade de epítetos, formas e atributos. 

     Entre as funções mais comumente ligadas a ele na literatura grega estão as de ser o mensageiro dos deuses, e o deus das habilidades da linguagem, do discurso eloquente e persuasivo, das metáforas, da prudência e da circunspecção, também das intrigas e razões veladas, da fraude e do perjúrio, da sagacidade e da ambiguidade, por isso era patrono dos oradores, dos arautos, dos embaixadores e diplomatas, dos mensageiros e dos ladrões.

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     Como inventor, se diz que havia inventado o fogo, a lira, a sírinx, o alfabeto, os números, a astronomia, uma forma especial de música, as artes da luta, da ginástica e do cultivo da oliveira; as medidas, os pesos e várias outras coisas. Pela sua constante mobilidade e outras qualidades intelectuais e relacionais, foi considerado o deus do comércio e do intercâmbio social, da riqueza advinda dos negócios, especialmente do enriquecimento súbito ou inesperado, das viagens, das estradas e encruzilhadas, das fronteiras e das condições limítrofes ou transitórias, da mudanças, dos umbrais, dos acordos e contratos, da amizade, da hospitalidade, do intercurso sexual; era o deus do jogo de dados, dos sorteios, da boa sorte; dos sacrifícios e dos animais sacrificiais, dos rebanhos e pastores, da fertilidade da terra e do gado.

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Hermes Trismegisto:

     Outro sincretismo de enorme influência subsequente que se completou durante o período romano foi o da formação do Hermes Trismegisto, ou "Hermes três-vezes-grande". Segundo uma de suas histórias, Hermes havia viajado ao Egito e lhe dado leis e a escrita, e Tot era um deus imensamente popular no Egito, ligado ao tempo, ao destino, à ordem cósmica, à lei, à sabedoria, à cultura e ao conhecimento, à religião e instituições civis, aos rituais, ao oculto e à magia, e era também juiz e guia dos mortos. Havendo vários pontos de contato entre ambos, na assimilação Hermes adquiriu o status de sacerdote, filósofo e governante, e Tot foi também magnificado em seu país com vários atributos do outro. 

Conheça mais sobre Hermes Trismegisto

Recepção de Hermes na idade media:

     A tradição de Trismegisto se irradiou para o ocidente e também para o oriente, encontrando ao longo da Idade Média grandes centros de preservação, ainda que seletiva, no Império Bizantino, na Pérsia e Arábia, mas mesmo escritores medievais da Europa ainda o consideravam uma autoridade. 

     Pedro Abelardo, São Boaventura e São Tomás de Aquino o viam como um grande filósofo, e Alberto Magno o citou como uma referência na astrologia. Entre os árabes Trismegisto na maior parte das vezes foi associado ao profeta Idris, que no Corão aparece como uma figura exaltada por Alá. 

     Segundo Moore, no final da Idade Média o caráter de Hermes-Mercúrio estava ligado mais fortemente à filosofia de Trismegisto; iconografia da época o representa às vezes como um escriba ou bispo. Quanto a Hermes-Mercúrio, alguns dos primeiros Padres da Igreja o compararam a Cristo como veículo do Logos, e foi associado a vários outros personagens da tradição judaico-cristã, como Moisés, Metatron, São Paulo, São João Batista e Enoque, estando assim também ele presente na origem da cultura religiosa europeia moderna. Segundo Mircea Eliade ele foi um dos poucos deuses do panteão clássico que não sucumbiram diante da ascensão do Cristianismo.

Seus filhos são: Pã, Hermafrodito, Abdero, Autólico, Eudoros, Angelia, Mírtilo

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