Quando chegasse ao Hades, o morto deveria oferecer o óbolo ao barqueiro Caronte. Aqueles que não tivessem a moeda, ficariam vagando tristemente nas margens do rio Estige. Feito isso, Caronte guiava o barco até o palácio de Hades, passando por cinco rios principais, Aqueronte (rio das dores e aflições); Cócito (rio dos gemidos e lamentações); Estige (o gelado rio dos horrores, no qual os deuses faziam seus juramentos, assim considerado o rio do ódio); Flegetonte ou Piriflegetonte (rio das chamas inextinguíveis); e, por fim, Lete (rio do esquecimento, no qual as almas bebiam de suas águas, para voltarem à Terra).
Esses rios ligavam os vários planos do Hades. O palácio de Hades era guardado por Cérbero, um grande cão de múltiplas cabeças, que impedia a fuga das almas e evitava intrusos. Quando chegavam, as almas desembarcavam e se apresentavam ao grande tribunal para serem julgados.