Conheça Tudo sobre o Reino de Hades

01/05/2020
     O Reino de Hades, na Mitologia Grega, é a terra dos mortos, o local para onde a alma das pessoas se dirigiria após a morte. Nesse local as almas passariam por um julgamento, onde seu destino seria decidido.

O Reino de Hades:

     O Reino de Hades, ou mundo inferior na mitologia grega, é a terra dos mortos, o local para onde a alma das pessoas se dirigiria após a morte. Nesse local as almas passariam por um julgamento, onde seu destino seria decidido. De acordo com a sentença do julgamento, as almas poderiam ser enviadas para três regiões bem distintas: o Tártaro, os Campos Elísios ou o Campo de Asfódelos. 

     No momento da morte, a alma era separada do corpo, tomando a forma da pessoa e era transportada para a entrada de Hades. Hades em si era descrito como sendo um lugar nos limites exteriores do oceano ou nas profundezas ou extremidades da terra. 

     Era considerado a contrapartida escura do brilho do Monte Olimpo e era o reino dos mortos, que correspondia ao reino dos deuses. Hades era um reino invisível aos vivos e foi criado exclusivamente para os mortos. Wikipédia

Características:

  • O grande poço do Tártaro, originalmente uma prisão exclusiva para os Titãs, antigos deuses, e que vieram a ser posteriormente o calabouço onde se aprisionavam as almas amaldiçoadas;
  • A terra dos mortos, governada pelo Deus Hades, conhecida tanto pelo nome do próprio deus como por casa ou domínio de Hades (domos Aidaou), Érebo, os Campos de Asfódelos, Styx e Aqueronte;
  • As "ilhas dos Abençoados" ou ilhas Afortunadas, governadas por Cronos (de acordo com Píndaro - outros relatos divergem), onde grandes heróis e mitos residiam após suas mortes;
  • Os Campos Elísios, governados por Radamanto, onde viviam as almas dos homens virtuosos e os iniciados nos antigos mistérios.
     Os cinco rios do Hades eram o Aqueronte (o rio da dor), Cócito (lamento), Flegetonte (fogo), Lete (esquecimento) e Estige (invulnerabilidade), que faziam a fronteira entre os mundos superiores e inferiores.O antigo conceito grego de mundo inferior variou consideravelmente ao longo do tempo.

Origem do Reino de Hades:

     O Reino de Hades teria sido formado após a vitória da chamada terceira geração divina, formada por Zeus e os outros descendentes de Cronos - sobre os titãs. Após a vitória, o Universo fora dividido em três partes: o Céu (o éter e as nuvens) fora reservado a Zeus; o Mar ficou sob o domínio de Posídon; e o gigantesco império localizado "no seio das trevas brumosas" das entranhas da Terra sob o comando de Hades. Seu palácio situava-se no meio do Tártaro e é comumente associado à figura de "inferno". 

     Na batalha contra os titãs, Hades teria recebido dos ciclopes um capacete que o tornava invisível, originando também a variação etimológica de Hades como "invisível". Devido a este fato, o nome de Hades raramente era pronunciando, tendo os gregos receio de despertar sua cólera. Hades é retratado como "violento e poderoso" e os gregos não construíram nenhum templo nem altar em sua homenagem. Hades temia tão somente Poseidon, que poderia agitar a terra e fazer o solo se abrir , revelando "sua morada horripilante, esse local odiado, cheio de bolor e de podridão".
     De seu reino, Hades governa soberano, com sombras enquanto súditos, "tão numerosos quanto as ondas do mar", e tudo que a morte ceifa na terra, recai sob seu reino, aumentando sua riqueza. De acordo com o que se evidencia inclusive em outras passagens da obra de Homero, quando se trata do reino de Hades, nota-se uma clara distinção entre alma e corpo. 

     O Hades seria o lugar onde os mortos vagariam e a figura da alma se desprenderia do indivíduo. Ainda segundo Homero, o palácio de Hades não seria nas profundezas, mas nos confins do mundo, no fim do oceano, na cidade dos homens cimérios, "(...) que se acham sempre envolvidos por nuvens e brumas espessas; nunca foi dado alcançá-los os raios do sol resplendente (...) Noite nociva se estende sem pausa por sobre esses míseros".

Descrições do Hades:

     As formas de caracterizar o Hades variavam entre as cidades e culturas helênicas. Uma das descrições possíveis retratava o reino dos mortos como o reino subterrâneo onde habitava a alma ou espectro (psykhé) dos que morreram. Dentre as diferentes descrições do Hades, uma das mais conhecidas e comentadas é a versão apresentada por Homero na Ilíada e na Odisseia. 
     
     De acordo com Teodoro Rennó Assunção, na sua análise do Canto XI da Odisseia, a psykhé era menos alma do que sombra. Os mortos subsistiam em estado de desolação e lamentação, sendo o Hades "um reino cuja infra-qualidade ontológica resiste a qualquer tentativa de valorização". No canto em questão, há uma descrição precisa do Hades: o reino dos mortos só pode ser acessado mediante consentimento dos deuses que o guardam, e a topologia mitológica elaborada por Homero o coloca além do país dos cimérios, numa região de longinquidade extrema, onde o sol não brilha. Outras menções e descrições do Hades podem ser lidas ao longo do épico nos cantos V, XII, XIII e XIV.

Livros de Mitologia Grega em Oferta >>> https://amzn.to/31OA0lm


Campos Elísios:

     Os Campos Elísios era um lugar de temperatura amena, com uma brisa suave e alegria constante, para ali eram destinadas as almas boas.O mito dos Campos Elísios ganhou sustentação provavelmente por volta do século VIII a.C. com a Odisseia de Homero. Campos Elísios ou Ilha dos Bem Aventurados, como podemos encontrar em escritos de outros filósofos e intelectuais da Grécia Antiga, é descrito como um lugar alegre, calmo e repleto de prazeres, que primordialmente era reservado para os heróis gregos, a fim de escapar das escuridões do Hades. 

     Porém mais tarde a ideia de que o lugar era o destino para as almas de pessoas boas foi tomando forma e se enraizou na cultura grega. Esse local é descrito como o paraíso grego, um espaço de temperaturas amenas, relevo plano e de difícil identificação, localizado nos extremos do planeta Terra.

Érebo:

     O Campo de Asfódelos (também chamado de érebo) é descrito como uma monótona planície repleta de árvores sombrias. Para estes campos eram enviadas as almas que em sua vida não possuíram nenhuma glória ou mérito significativos, mas também não proporcionaram barbáries nem cometeram atos criminosos. 

     No Campo de Asfódelos estas almas não receberiam castigos e também não receberiam gratificações, estariam apenas fadadas a tristeza de discorrer eternamente pela planície escura destes campos. O Campo de Asfódelos também servia como um território neutro, onde as almas esperariam até serem julgadas. O lugar é basicamente o limbo, onde sua alma fica presa pela eternidade, vagando sem memórias e sem qualquer direção.

Tártaro:

     O Tártaro era o lugar para onde a alma, das pessoas injustas e impiedosas, era enviada. O Tártaro foi descrito por Platão, em sua obra  Górgias, como o local onde as almas recebiam julgamento e também como o local de castigo divino para as más almas. Sócrates também descreve o Tártaro como local onde as almas impiedosas eram destinadas após a morte. O Tártaro era cercado por grandes muralhas e cortados por uma grande rio de lava chamado Flegetonte, padeciam ali os gigantes derrotados na guerra contra Zeus, as Danaides, que mataram seus esposos, o Sífiso, que enganara a morte e o Tântalo, que cometera sacrilégio, e outros tantos criminosos.

Caronte e seu Barco:

     Quando chegasse ao  Hades, o morto deveria oferecer o óbolo ao barqueiro Caronte. Aqueles que não tivessem a moeda, ficariam vagando tristemente nas margens do rio  Estige. Feito isso,  Caronte  guiava o barco até o palácio de  Hades, passando por cinco rios principais, Aqueronte (rio das dores e aflições);  Cócito (rio dos gemidos e lamentações);  Estige (o gelado rio dos horrores, no qual os deuses faziam seus juramentos, assim considerado o rio do ódio);  Flegetonte ou Piriflegetonte (rio das chamas inextinguíveis); e, por fim,  Lete (rio do esquecimento, no qual as almas bebiam de suas águas, para voltarem à Terra). 

     Esses rios ligavam os vários planos do  Hades. O palácio de  Hades era guardado por Cérbero, um grande cão de múltiplas cabeças, que impedia a fuga das almas e evitava intrusos. Quando chegavam, as almas desembarcavam e se apresentavam ao grande tribunal para serem julgados.

Os Três Juízes do Mundo Inferior:

     O grande tribunal era presidido por três juízes: Éaco, Radamanto e Minos. O julgamento das almas era assistido pelo próprio Hades e, conforme a sentença, seguiriam para o Campo de Asfódelos, os Campos Elísios ou o Tártaro. As sentenças propostas por Hades eram irrevogáveis e nem mesmo Zeus não poderia interferir na sua decisão. Os que tivessem cometido delitos, especialmente contra os deuses, eram diretamente enviados ao Tártaro, onde cumpririam suas penas. Sabemos também que Éaco era quem julgava as almas europeias, enquanto Radamanto julgava as almas asiáticas, e Minos por fim decidia para qual região do inferno as almas iriam. 

     Tem-se relatos de que os julgados que fossem destinados ao Tártaro, recebiam algum tipo de sacrifício que deveria ser feito pelo resto de sua vida. Um exemplo bastante conhecido é o de Sifiso que foi condenado a rolar uma enorme pedra até o topo de uma alta montanha e toda vez que ele chegava até lá a pedra rolava novamente para baixo, tendo que repetir incansavelmente o processo.

Reino de Hades em God of War 3:

     Hades era o deus grego do Submundo. Ele é superado em eminência apenas por seus irmãos, Zeus e Poseidon. Ele é o filho mais velho dos Titãs Cronos e Réia. Ele também é um grande antagonista em God of War III. Hades era o antigo deus grego do Submundo e o irmão de Zeus, mas seu nome era compartilhado com a morada dos mortos. Na mitologia grega, Hades foi o primeiro filho e quarto filho de Cronos e Réia. 

     De acordo com o mito, ele, juntamente com seus irmãos mais novos, Zeus e Poseidon derrotaram os Titãs na batalha e assumiram o governo do cosmos; Governando o Submundo, Céu e Mar, respectivamente; A terra sólida, a longa província de Gaia, estava disponível para os três concorrentemente. Como o governante do Submundo e tudo o que reside dentro dele, Hades é tanto o mais velho de seus irmãos eo segundo mais poderoso Deus olímpico na história ao lado de seus irmãos Poseidon e Zeus que são ambos iguais (se não mais forte) em termos de poder global.

Confira Também:

Quanto ao Kratos de God of War, todos já conhecemos! Mas e quanto ao Cratos que realmente existiu dentro da Mitologia Grega? Você já ouviu falar ou conhece sua incrível história? Descubra lendo abaixo.

Behemoth é um terrível Monstro tanto da Bíblia quanto da Mitologia Grega. De acordo com o velho testamento, será rival de Leviatã no final dos tempos. Conheça mais sobre esse monstro terrestre abaixo.

Jasão, na Mitologia Grega, é um dos Personagens mais relevantes, tão isso que, além de Herói, é filho de Zeus, sendo assim: um semideus. Conheça mais sobre sua História, desde Medeia e Argonautas até o Velocino de Ouro.

O Grifo, na Mitologia Grega, é uma criatura mística com corpo de leão e cabeça de águia. Diferente das esfinges gregas (que são perversas e traiçoeiras), os Grifos são criaturas do bem e costumam ajudar semideuses.

O Cavalo de Troia foi um enorme cavalo de madeira usado como estratégia militar pelos gregos no período da guerra de Tróia. Se de fato existiu, foi uma das maiores façanhas de guerra da história! Conheça.